O final da tarde de domingo foi de mobilização para centenas de pessoas de Araranguá e região, e o motivo foi o mesmo das anteriores: um pedido de socorro pelo Hospital Regional de Araranguá. Esta semana promete ser de movimentações, uma vez que na terça-feira, 9, expira o prazo para a saída da SPDM e neste mesmo dia, o novo gestor, Instituto IDEAS, deve assumir. A principal preocupação de todos é com relação aos funcionários, que vivem uma incerteza quanto aos seus empregos.
De acordo com o diretor do SindiSaúde, Cleber Ricardo, a instabilidade preocupa os trabalhadores. “Não há garantia nenhuma, vivemos uma situação muito difícil. Nos mobilizamos para manter o funcionamento do hospital, mas não tivemos respaldo do governo. E agora veio esse golpe contra os trabalhadores, porque a nova empresa contratada não quer garantir os empregos, reduzindo significativamente o número de funcionários, além da redução dos salários. Esta nova administradora vai receber o mesmo repasse que a SPDM recebia, na verdade apenas R$ 1 mil a menos, mais de R$ 3,5 milhões e vai reduzir quase R$ 600 mil com o salário dos funcionários. Não há justificativa para reduzir tanto a equipe e quem sofre, mais uma vez, são os trabalhadores”, destaca.
Segundo Cleber, para exemplificar a dimensão das perdas, um técnico de enfermagem que hoje recebe R$ 1.950 vai passar a receber R$ 1.798. “Mas o maior problema é que eles irão reduzir a quantidade de profissionais. Ainda falando dos técnicos, a redução seria de 177 para 112. Considerando que esta é uma das principais funções dentro do hospital, já podemos constatar que deve acontecer um déficit de atendimento muito grande. O mesmo ocorre com os enfermeiros, que terão uma redução de quase 50%”, explica.
Igreja Católica presente
Uma das lideranças motivadoras para que a manifestação fosse realizada foi o pároco da Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe dos Homens, padre Alírio Leandro. “Quando a questão é vida, saúde, nós estamos presentes. Nosso propósito é pedir que o Instituto IDEAS assuma de maneira coerente que consiga resolver esta questão da saúde de nossa região”, finaliza.
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