Gostaria de começar falando sobre o crostini, um antipasto (entrada) tradicional na Toscana, lugar que passei amar a culinária italiana. A origem desse antipasto é bem curiosa. O uso de pratos individuais é muito recente, há alguns séculos eles não eram utilizados. Para visualizar isso não é difícil, já que diversos quadros renascentistas representam os banquetes da época, nos quais as mesas eram praticamente vazias. As carnes e peixes eram levados em grandes travessas, as pessoas pegavam o que desejavam e comiam com as próprias mãos ou apoiavam em uma fatia de pão. Essas fatias recolhiam óleos, molhos variados e pedaços de carne ficando, assim, saborosamente temperados. Esses são os ancestrais dos crostinis: fatias de pão cobertas com um trito (picado) das
partes "pobres" dos animais. Uma curiosidade importante de mencionar é que os pães da época eram feitos uma única vez por semana, ficando, então, duros com o passar dos dias. Quando servidos vinham primeiro abbrustolito (tostados) e depois embebidos em algum brodo (caldo de carne ou legumes) ou vinho para intensificar os sabores. Algumas opções de crostini:
- Crostini de fígado
- Crostini de polenta
- Crostini de funghi
- Crostini de frutos do mar
- Crostini de linguiça
- Crostini de berinjela sott'olio
Obs: o crostini clássico toscano é o feito com fígado de galinha.
Buon appetito.